Relatório de Metodologia – Instituto Assaf – Instituições Financeiras

Relatório de Metodologia – Instituto Assaf – Instituições Financeiras

 Amostra e Estrutura

O Instituto Assaf, em parceria com a Pecege, realiza um estudo dos indicadores econômico-financeiros das empresas das instituições financeiras com dados disponibilizados pelo Banco Central do Brasil.

As Demonstrações Financeiras (DFs) das instituições foram obtidas no portal de dados IF.data (bcb.gov.br).

As demonstrações utilizadas são referentes aos conglomerados financeiros das instituições para o ano e trimestre. As análises foram realizadas para o tipo de consolidado bancário: B1 – Banco comercial, Banco Múltiplo com Carteira Comercial ou Caixas Econômicas.

Além disso, as análises dos indicadores seguiram a segmentação proposta pela resolução nº 4.553/2017:

S1 – bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de câmbio e caixas econômicas que (i) tenham porte (Exposição/Produto Interno Bruto) superior a 10%; ou (ii) exerçam atividade internacional relevante (ativos no exterior superiores a US$ 10 bilhões).

S2 – (i) bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de câmbio e caixas econômicas de porte inferior a 10% e igual ou superior a 1%; e (ii) demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil de porte igual ou superior a 1% do PIB.

S3 – Instituições de porte inferior a 1% e igual ou superior a 0,1%.

S4 – Instituições de porte inferior a 0,1%.

S5 – Composto por: (i) instituições de porte inferior a 0,1% que utilizem metodologia facultativa simplificada para apuração dos requerimentos mínimos de Patrimônio de Referência (PR), de Nível I e de Capital Principal, exceto bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de câmbio e caixas econômicas; e (ii) não sujeitas a apuração de PR.

A respeito da divulgação das demonstrações financeiras, como apresentado pelo site: “O Banco Central do Brasil divulga trimestralmente informações das instituições que autoriza a funcionar e que estejam em operação normal. Os relatórios trimestrais são disponibilizados 60 dias após o fechamento das datas-bases março, junho e setembro, e 90 dias após o fechamento da data-base dezembro.”

Indicadores

  1. Desempenho Operacional
  2. Desempenho da Atividade
  3. Geração de Caixa e Equilíbrio Financeiro
  4. Estrutura de Capital e Alavancagem
  5. Rentabilidade, Lucratividade e Spread
  6. Criação de Valor ao Acionista

 

Desempenho Operacional
Margem Financeira dos Ativos Relação entre o Resultado de Intermediação Financeira e o Ativo Médio Total. Para cada R$ 1,00 de ativo total, quanto a instituição financeira gerou de resultado de intermediação financeira.
Custo Médio de Captação Relação entre as despesas de intermediação financeira (despesas de captação, de obrigações por empréstimos e repasses e arrendamento mercantil) e o respectivo montante dos recursos passivo (depósitos de poupança, interfinanceiros e a prazo, recursos de aceites e emissão de títulos e obrigações por empréstimos e repasses). Demonstra o custo médio de captação dos recursos pela instituição financeira.
Retorno Médio Operações de Crédito Relação entre as Rendas de operações de crédito e arrendamento mercantil sobre os respectivos montantes médios. Demonstra o retorno médio das operações de crédito das instituições financeiras.
Lucratividade dos Ativos Relação entre as Receitas de Intermediação Financeira e o Ativo Médio Total. Demonstra o retorno total sobre os ativos das instituições financeiras.
Juros Passivos Relação entre as despesas de intermediação financeira e o passivo médio total. Demonstra o custo médio total de captação dos recursos das instituição financeira.
Resultados com Operações de Crédito Relação entre as rendas de operações de créditos (operações de créditos + arrendamento mercantil) e as receitas totais de intermediação financeira.
Resultados com TVM Relação entre as rendas com TVM e as receitas totais de intermediação financeira.
Resultados de Operações com Derivativos Relação entre as rendas de operações com derivativos e as receitas totais de intermediação financeira.
Resultados com Operações de Câmbio Relação entre os resultados com operações de câmbio e as receitas totais de intermediação financeira.
Resultados com Compulsório Relação entre as rendas de aplicações compulsórias e as receitas totais de intermediação financeira.
Despesas de Funcionamento (por dia útil) Soma das despesas de funcionamento das instituições financeiras (desp. pessoal + desp. administrativas) divididas por 252 dias úteis no ano.
Resultados de Serviços e Tarifas Relação entre as rendas de prestação de serviços financeiros e tarifas bancárias sobre as receitas de intermediação financeira.

 

Desempenho da Atividade
Evolução das Receitas Financeiras Mede o crescimento percentual das Receitas de Intermediação Financeira das Instituições Financeiras de um exercício social para outro.
Evolução do Lucro Líquido Mede o crescimento percentual do Lucro Líquido das Instituições Financeiras de um exercício social para outro.
Margem Financeira das Receitas Relação entre o Resultado de Intermediação Financeira e as Receitas de Intermediação Financeira.
Índice de Eficiência Relação entre as despesas operacionais (despesas com pessoal, despesas administrativas e outras despesas operacionais) e as receitas de intermediação financeira. O indicador representa o % que sobra das receitas geradas pela companhia financeira após liquidar suas obrigações operacionais.

 

Geração de Caixa e Equilíbrio Financeiro
Encaixe Voluntário Relação entre o total das disponibilidades da companhia sobre o total de depósitos à vista. Demonstra quanto a companhia mantém de dinheiro disponível (curto prazo) para cumprir com as obrigações de depósitos à vista.
Liquidez Imediata Relação entre a soma das disponibilidades e aplicações interfinanceiras de liquidez da companhia com o total de depósitos à vista. Demonstra quanto a companhia mantém de dinheiro disponível (curto prazo) para cumprir com as obrigações de depósitos à vista.
Índice de Empréstimo/ Depósitos Relação entre a posição dos empréstimos realizados pela instituição financeira (operações de crédito + arrendamento mercantil) e o montante de depósitos totais. Demonstra o % de operações de empréstimos que a instituição realiza perante todos os depósitos em sua custódia.
Capital de Giro Próprio Diferença entre o Patrimônio Líquido e o Ativo permanente ajustado.
Participação dos Empréstimo Percentual dos Empréstimos (Operações de Crédito + Operações de Arrendamento Mercantil) da instituição financeira sobre os seus Ativos Totais.
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa Relação entre a provisão de crédito de liquidação duvidosa e as receitas de intermediação financeira. Demonstra o % de provisão como crédito de liquidação duvidosa para as receitas de intermediação financeira auferidas pela instituição financeira.

 

Estrutura de Capital e Alavancagem
Independência Financeira (Fim de Ano) Relação entre o Patrimônio Líquido e o Ativo Total. Para cada R$ 1,00 de Ativo total, o indicador demonstra o % de capital próprio que a instituição possui. O indicador é calculado em valores de final do exercício.
Independência Financeira (Médio) Indicador semelhante ao anterior, diferenciando-se somente por ser calculado com base nos valores médios das variáveis.
Leverage Relação entre os Ativos Totais e o Patrimônio Líquido das instituições financeiras. Para cada R$1,00 em patrimônio líquido, o indicador fornece o quanto, em R$, a instituição possui de ativos totais no final do exercício em questão.
Relação Capital / Depositantes Relação entre o Patrimônio Líquido da Instituição e o seu total de depósitos.
Imobilização do Capital Próprio Relação entre o Ativo Permanente Ajustado e o Patrimônio Líquido da instituição. Visa demonstrar o % de Capital Próprio da instituição que foi destinado a imobilização.

 

Rentabilidade, Lucratividade e Spread
Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) Relação entre o Lucro Líquido e o Patrimônio Líquido Médio mantido pela instituição no exercício. Taxa de rentabilidade oferecida ao capital próprio.
Retorno sobre o Ativo Total (ROA) Relação entre o Lucro Líquido e o Ativo Total mantido pela instituição no exercício. Taxa de rentabilidade em relação a todos ativos mantidos pela entidade
Margem Líquida Relação entre o Lucro Líquido e o montante das Receitas de Intermediação Financeira. Mede a eficiência produtiva, ou seja, quanto restou de lucro das operações financeiras do exercício após a dedução das despesas financeiras, outras despesas operacionais e não operacionais e impostos sobre o Lucro da instituição financeiras.
Giro do PL Relação entre o montante das Receitas de Intermediação Financeira e o Patrimônio Líquido Médio.
Spread Total Diferença entre o Retorno Médio das Operações de Crédito e o Custo Médio das Operações da Instituição.

 

Criação de Valor ao Acionista
Custo de Oportunidade do Capital Próprio Custo de oportunidade do acionista. Remuneração mínima exigida determinada pelo risco do investimento.
Prêmio pelo Risco do Acionistas (%) Quanto o acionista auferiu de retorno, em porcentagem, acima da taxa média da SELIC no exercício. SELIC: taxa de referência dos juros no mercado, admitida como de mais baixo risco.
ROE Econômico Retorno sobre o Capital Próprio que excede ao Custo de Oportunidade do Acionista (Custo de Capital Próprio). Ou seja: ROE – Ke. Taxa de remuneração do acionista que excedeu ao risco de seu investimento.

 

OBSERVAÇÃO:

 As informações econômico-financeiras e indicadores de desempenho das companhias abertas brasileira, conforme disponibilizados nesse site, não têm por objetivo nortear ou induzir a qualquer decisão financeira, seja tanto em nível corporativo como pessoal. Não há nenhuma responsabilidade pelo uso dessas informações e resultados que venham a ocorrer pelas decisões tomadas.